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domingo, 29 de julho de 2012

Represa de Guarapiranga




Em tupi-guarani essa palavra significa garça vermelha. A represa de Guarapiranga só existe há pouco mais de oitenta anos. Antigamente toda a área era habitada apenas por índios tupis-guaranis. Com o tempo os brancos foram se apoderando das terras dos índios para instalar suas fazendas de criação de gado. Aos índios restaram apenas três aldeias, que existem até hoje: uma no bairro de Barragem em Parelheiros, outra no Cupurutu, também em Parelheiros, e a terceira em Embu-Guaçu. Essas pequenas comunidades indígenas vivem do artesanato.

História da Represa de Guarapiranga e o Abastecimento de água de SP
A Light em 1907 concluiu as obras da represa de Guarapiranga, com 1,5 km de comprimento, 19 metros de altura e capacidade para armazenar 200 milhões de metros cúbicos de água. Para a construção da represa foi erquida a barragem do rio Guarapiranga, afluente do rio Pinheiros. Portanto embora Guarapiranga tenha sido o primeiro reservatório construido na região, sua utilidade era para regularizar a vazão do rio Tietê, que fora muito reduzida por causa da estiagem.

Entre 1924 e 1925 outra longa estiagem deixou São Paulo com problemas de abastecimento de água. Nessa época, enquanto a Repartição de águas e esgotos estudava a possibilidade de aproveitar a vazão do rio Claro para auxiliar no abastecimento da Capital, surgiu a idéia de utilizar para esse fim o reservatório de Guarapiranga.

Em 1928, o então Governador do Estado de São Paulo, Julio Prestes, promulgou o decreto nº 4.487 que previa a retirada de até 4 metros cúbicos por segundo da Represa de Guarapiranga para o abastecimento da Capital. No entanto, em virtude do crescimento de São Paulo, o volume de água retirado de Guarapiranga se tornou insuficiente para atender a população. A partir de 1958, por meio de um acordo entre o governo do Estado e a Light, a represa passou a ser usada exclusivamente para abastecer a cidade.Atualmente a região metropolitana de São Paulo conta com o abastecimento de água, com as represas Billings e Guarapiranga e com o sistema Cantareira. A Guarapiranga continua responsável pelo abastecimento de 3 milhões de pessoas na zona sul.
Além dos rios Embu-Guaçu e Embu-Mirim, que formam a represa, são muitos os córregos e ribeirões que lhe fornecem água. Seus nomes: Ribeirão Itaim, Lavras, Represa e Fazenda da Ilha, e os córregos Luzia, Itararé, Campo Fundo, Piqueri, Itupu, Guavirutuba, São José, Rio Bonito, Rio das Pedras, Tanquinho e Casa Branca. São eles que mantém viva a nossa represa, e ao mesmo tempo são eles que atualmente a estão matando, de tanto levar para ela a sujeira que desce dos loteamentos irregulares e favelas que não possuem redes de esgoto. O reservatório e a barragem passaram a ser importantes em 1928, quando a cidade de São Paulo começou a crescer.


A represa se tornou a principal fonte de abastecimento público de água, fornecendo 1 metro cúbico por segundo para a estação de tratamento de Teodoro Ramos. Em 1958, com a construção da estação de tratamento do Alto da Boa Vista, a Guarapiranga passou a fornecer 9,5 metros cúbicos por segundo, o que tornou obrigatória a elevação do seu nível de água. Naquela época a região de Socorro, onde está a barragem, era quase totalmente desabitada. Para se ter uma idéia, o município de Santo Amaro era ligado a São Paulo pela avenida Santo Amaro, que não passava de uma estrada de terra. Havia também uma linha de bondes, que seguia pela atual Av. Vereador José Diniz. Esse bonde, que era amarelo, vinha apitando para espantar o gado, e atravessava o rio Pinheiros por uma ponte só de trilhos, que a rapaziada costumava atravessar a pé para provar coragem.
A represa é famosa também por ter sido palco de vários acontecimentos históricos, muito significativos para todos nós paulistanos e brasileiros. Foi nela que em 1928 pousaram os pioneiros da travessia aérea do Atlantico Sul, vindos de Gênova, na Italia: Francesco de Pinedo, Carlos del Prete e Vitale Zacchetti, a bordo do hidro-avião S.55 "Santa Maria", foram recebidos com uma grande festa popular quando aqui chegaram. Logo depois foi a vez do brasileiro João Ribeiro de Barros repetir o feito, a bordo do seu hidroavião Jau, que hoje infelizmente está sendo comido pelos cupins no Museu da Aeronáutica. Outros pioneiros da aviação que passaram pela represa foram Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Em homenagem aos italianos foi erguido um monumento no bairro da Capela do Socorro, junto à avenida de Pinedo.

Embutida no pedestal da estátua há uma legítima coluna coríntia romana, de mais de 2000 anos, presente do então presidente italiano Mussolini aos heróis da travessia. Rotulado de fascista, o monumento foi objeto de muita polêmica, e durante a gestão de Janio Quadros na Prefeitura de São Paulo, ele foi removido para outro local; hoje, em seu lugar, existe somente uma placa comemorativa. É na região da barragem que hoje é feita a captação de água pela SABESP, para abastecer a cidade de São Paulo. A represa fornece água para 20% da população da Grande São Paulo, o que representa dois milhões e meio de pessoas bebendo dessa água.
Em 1976 houve uma cheia excepcional. Choveu sem parar, dias e dias seguidos, e o nível da represa subiu tanto que foi preciso reforçar a barragem com sacos de areia, para que a água não transbordasse e inundasse a região de Socorro, ou pior ainda, derrubasse o paredão. Se isso acontecesse, até a avenida Brasil ficaria um metro debaixo d'água. A barragem foi reforçada e tudo não passou de um grande susto. Hoje em dia a represa cobre uma extensa área na região sudoeste da Grande São Paulo, na divisa com os municípios de Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu. Apesar de já estar praticamente cercada pela cidade, que nos últimos anos avançou muito para o sul, a região da represa ainda possui alguns grandes trechos cobertos por matas.
A Represa vira praia para paulistanos
A Represa oferece ainda lindas paisagens, algumas praias de areia, um grande número de pássaros típicos do Pantanal, um bom número de restaurantes, clubes, marinas e alguns parques, a região não está sendo desenvolvida para o turismo como merece, mas pelo contrário, está havendo uma destruição de suas belezas naturais.
Nos finais de semana milhares de paulistanos freqüentam a represa nos finais de semana para nadar, pescar, praticar esportes náuticos entre outras atrações.
Existem muitos  esportes sendo praticados nesta represa assim como velas e regatas.
Vale a pena dar uma conferida!
Endereço:
 Represa de Guarpiranga Altura do número 3.770 da av. Robert Kennedy  (Antiga  Av. Atlântica )

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Obelisco do Ibirapuera





O  Obelisco do Ibirapuera  (também chamado Obelisco de São Paulo) é um monumento funerário brasileiro localizado no Parque do Ibirapuera, São Paulo.
Símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o Obelisco é o maior monumento da cidade e tem 72 metros de altura. A construção do monumento foi iniciada em 1947 e e concluída em 1970. Tombado pelos conselhos estadual e municipal de preservação de patrimônio histórico, o mausoléu do Obelisco guarda os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (o M.M.D.C.) - mortos durante a Revolução de 1932 -, e de outros 713 ex-combatentes.
Para homenageá-los e preservar a memória da rebelião, há cenas bíblicas e passagens da história paulista feitas com pastilhas de mosaico veneziano.
O Obelisco do Ibirapuera é um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, que chegou ao Brasil em 1923, quando tinha 34 anos de idade, pois estava fugindo de um regime fascista em seu país. O Obelisco do Ibirapuera, feito em puro mármore travertino, foi inaugurado em 9 de julho de 1955, um ano após a inauguração do Parque do Ibirapuera. A Revolução Constitucionalista, Revolução de 1932 e Guerra Paulista foram os nomes dados ao movimento armado ocorrido no Brasil entre julho e outubro de 1932.

Curiosidades sobre o Obelisco do Ibirapuera
O Obelisco do Ibirapuera tem inscrições acompanhadas de ícones em suas quatro faces. Iniciando pela face norte, seguindo pela face oeste, sul, e finalmente leste. O poema escrito é texto de Guilherme de Almeida, feito como homenagem aos revolucionários de 1932. Abaixo segue o texto:

"Aos épicos de julho de 32, que,
fiéis cumpridores da sagrada promessa
feita a seus maiores - os que
moveram as terras e as gentes por
sua força e fé - na lei puseram sua
força e em São Paulo sua Fé."
À base do monumento, junto à entrada da capela e da cripta, voltadas ao Parque do Ibirapuera, há outra inscrição de Guilherme de Almeida.
"Viveram pouco para morrer bem
morreram jovens para viver sempre."

A soma dos algarismos da obra é igual a nove, e são nove os degraus na entrada. A simbologia do monumento também está presente no desenho do gramado ao redor do Obelisco, que possui área de 1932 metros quadrados e forma um coração onde está fincada a espada (símbolo do obelisco) que sagrou a vitória política, apesar da derrota militar dos paulistas. Afinal, ao ver seu governo em risco, o presidente Getúlio Vargas dá início ao processo de re-constitucionalização do país, levando à promulgação em 1934 de uma nova constituição nacional.


Obelisco do Ibirapuera
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n - Dentro do Parque do Ibirapuera
Bairro Moema - São Paulo - SP

quinta-feira, 19 de julho de 2012

MASP




Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, mais conhecido pelos paulistanos como simplesmente MASP, é o fruto de uma aventura de duas pessoas com uma visão revolucionária para sua época, apoiados por um grupo de amigos.
O MASP foi inaugurado em 2 de outubro de 1947 por Assis Chateaubriand, fundador e proprietário dos Diários e Emissoras Associados e pelo professor italiano Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte na Itália, recém chegado ao Brasil.
Uma história de alma, talento e força tornou possível a existência do MASP, cuja coleção, a maior do hemisfério sul, é das mais importantes. O feliz encontro de Assis Chateaubriand e de Pietro Maria Bardi alinhou o Brasil com os países de primeiro mundo no universo das artes.
Sorte da cidade de São Paulo, aqui um paraibano e um italiano, decidiram fundar e sediar este museu, e se, de um lado, Chateaubrind, com sua audácia, competência e obstinação, consegui atingir sua meta, de outro lado, um casal de italianos, sem filhos, adotou o MASP, legando, além de seu trabalho, a importante coleção ora exposta, digna de qualquer museu do mundo.
O Masp inicialmente instalou-se em quatro andares do edifício dos Diários Associados, adaptados por Lina Bo Bardi.
Lina Bo, arquiteta modernista italiana e esposa do professor Bardi, concebeu arquitetonicamente o prédio atual do MASP.
O terreno da Avenida Paulista havia sido doado à municipalidade com a condição de que a vista para o centro da cidade fosse mantida.
A idéia de Lina Bo foi preservar a vista exigida para o centro da cidade criando um edifício que se tornou único no mundo, mantendo o corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais com um vão livre de 70 metros.
Construído de 1956 a 1968, a nova sede do MASP foi inaugurada em 07 de novembro de 1968 com a presença de Elizabeth II, Rainha da Inglaterra.
O MASP, entidade cultural sem fins lucrativos tem por finalidade incentivar, divulgar e amparar, por todos os meios a seu alcance, as artes de um modo geral e, em especial, as artes plásticas, visando ao desenvolvimento e, ao aprimoramento cultural do povo brasileiro.
O visitante pode apreciar no edifício da Avenida Paulista, obras da escola italiana como Rafael, Andrea Mantegna, Botticceli e Bellini.
O MASP foi criado para ser um museu dinâmico, com um perfil de centro cultural. Por isso possui espaços diferenciados para realização de exposições temporárias.
O MASP é também música, cinema e palestras. Os dois auditórios projetados por Lina Bo são um espaço múltiplo para essas atividades


Informações ao Público: 11 – 3251-5644
Endereço:
Av. Paulista, 1578 - São Paulo - SP
tel. (11) 3251.5644 / Fax. (11) 3284.0574
Próximo à estação de metrô Trianon-MASP

Horários:
Terças, quartas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h (bilheteria aberta até às 17h)
Quintas-feiras, das 11h às 20h (bilheteria aberta até às 19h)
Outros horários:
Loja: das 11h às 17h30 (segundas-feiras fechada); quintas-feiras até às 19h
Restaurante UNI: das 11h às 16h30 (segundas-feiras fechado)

Agendamentos:
Para agendar visitas de grupos e escolas, envie e-mail para agendamento@masp.art.br ou contate-nos pelo telefone 11 – 3283-2585

Ingressos:
R$15,00 (valor inteiro) e R$ 7 (estudantes com identificação da instituição)
Entrada gratuita ao público somente às terças-feiras
Menores de 10 e maiores de 60 anos não pagam

sábado, 7 de julho de 2012

Pimp My Carroça


 



Pimp My Carroça: tirando os catadores da invisibilidade

 

 

 

 

 

Durante a última Virada Sustentável, o Vale do Anhangabaú recebeu o Projeto Pimp My Carroça. Criado pelo Grafiteiro e Artivista Thiago Mundano, o 'Pimp' nada mais é do que uma iniciativa que visa reconhecer e divulgar o trabalho dos catadores de lixo reciclável que diariamente cruzam a cidade fazendo um trabalho que para muitos é invisível mas que é de suma importância para o meio-ambiente.

Para questionar e mudar o descaso da sociedade em relação aos catadores e o destino de incontáveis toneladas de materiais recicláveis que são desperdiçados cotidianamente, surgiu o Pimp My Carroça.
O projeto foi viabilizado por mais de 700 pessoas, graças ao Financiamento Colaborativo feito através da plataforma do Catarse  e recebeu com muito carinho cerca de 50 catadores e mais de 100 voluntários que trabalharam durante todo o dia para dar uma bela força a essa classe de trabalhadores.
Infelizmente, nós vivemos em um país que tem grandes diferenças sociais que acabam influenciando em diversas situações do cotidiano. Com o intuito de diminuir essas diferenças e aumentar a valorização dos catadores de lixo, foi criado um projeto chamado de “Pimp My Carroça
Este projeto, que é chamado de “Pimp My Carroça”, foi criado com a intenção de dar um pouco mais de dignidade e alegria aos catadores de papelão e de produtos recicláveis, que estão aumentando cada vez mais estado de São Paulo. Segundo as informações divulgadas em diversos veículos  de comunicação .O “Pimp My Carroça” conta com a ajuda social do grafiteiro Mundano, que nos últimos cinco anos pintou mais de 150 carroças por todo Brasil. De acordo com as publicações, o objetivo do artista, de 26 anos, é desenvolver um projeto mais ambicioso. Enquanto procura  alternativas, Mundano ainda está a procura de mais pessoas que se interessem em entrar no projeto.
De acordo os organizadores do evento, esta iniciativa se encontra em fase de arrecadação de fundos e que o objetivo é reunir cerca de 50 artistas para pintar e decorar as carroças dos coletores de materiais recicláveis com mensagens de conscientização social.
                                                 

                             A baixo o  Grafiteiro e Artivista Thiago Mundano




quarta-feira, 4 de julho de 2012

Memorial do Corinthians


Foto  de @Ale Frata


 Em homenagem ao Corinthians  que hoje 04/07/2012 foi campeão da Libertadores da América

Com uma concepção inovadora, tecnologia e muita paixão, o Memorial do Corinthians se tornou uma atração turística de São Paulo. Inaugurado em 2006 e localizado na sede social do clube — no Parque São Jorge, região leste da cidade —, os visitantes deixam de ser apenas torcedores e passam a viver o mundo do futebol em uma viagem em branco e preto.
Já no começo da visita, e possível ter uma ideia do clima de uma partida de futebol com a reprodução de um vestiário, com armários, som ambiente e artigos esportivos nos armários. Antes das atrações principais, uma dose de emoção: em um espaço que simula um estádio, uma instalação de áudio e vídeo envolve os visitantes com a vibração da apaixonada torcida do Timão.


Um dos pontos altos do Memorial é a Calçada da Fama, local onde ídolos como Basílio, Wladimir, Paulo Borges, Zé Maria, Edu, Luisão, Flávio Minuano, Ronaldo, Tevez e Dentinho são eternizados. Vale destacar também um ambiente preparado especialmente para homenagear o título paulista de 1977  um dos mais marcantes do clube , com imagens da partida final contra a Ponte Preta e o troféu do campeonato.
O Memorial possui, ainda, um Hall que expõe fotos em tamanho real dos maiores craques da história do Corinthians, jogos eletrônicos e seleções de vídeos dos principais títulos e momentos da história de um dos mais importantes times do mundo.


O Memorial do Corinthians fica na Rua São Jorge, 777 no Parque São Jorge. Funciona de terça a sexta, das 10h às 17h e sábados, domingos e feriados das 10h às 16h. A entrada de terça a sexta custa R$ 10 e sábados, domingos  e feriados custa R$ 15, estudantes têm a meia-entrada.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Memorial da Resistência de São Paulo






Construído no início da I Guerra Mundial - 1914 -, o edifício que hoje abriga a Estação Pinacoteca serviria a questões relacionadas ao crescimento econômico e às transformações vivenciadas por uma São Paulo que se urbanizava com rapidez; isto é, seria um armazém para os produtos agrícolas provenientes do interior do Estado.
Com a conclusão da obra, em 1938, o edifício, projetado pelo conceituado arquiteto Ramos de Azevedo, foi colocado à disposição do Poder Público. Era época de ditadura - o Estado Novo de Getúlio Vargas se fazia presente. De um lado, o governo autoritário e centralizador era capaz de promover o desenvolvimento econômico do país, valorizando o nacionalismo com a construção, por exemplo, das indústrias de base. Por outro lado, as oposições eram duramente silenciadas.
Assim, o edifício passou a abrigar o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS) de São Paulo, órgão de repressão política que atingiu o auge de suas funções a partir do golpe militar de 1964. Com as longas lutas pelas liberdades democráticas, movimentos populares de várias ordens, movimentos operários e estudantis amparados pela Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil e pela Igreja, o regime militar entrou em colapso e o edifício mudou, felizmente, de função. Dada sua relevante importância histórica e arquitetônica, o prédio foi tombado como um bem cultural em 1999 pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo. 

Em 2007, o Memorial da Liberdade, já sob a gestão da Pinacoteca do Estado, recebeu um projeto museológico visando ampliar a ação preservacionista e seu potencial educativo e cultural, por meio da problematização e atualização de distintos caminhos das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano. Nesse aspecto, vale destacar as reiteradas ações de militância junto ao poder público, desde fins de 2006, especialmente do Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, que sensibilizaram a administração estadual para a necessidade de um novo olhar para este lugar.
A implantação do projeto teve início em 1º de maio de 2008, com a mudança do nome para Memorial da Resistência.  No dia 24 de janeiro, o Memorial da Resistência de São Paulo consolida sua implantação, assumindo o compromisso cívico de (re)construção da memória e da história política do Brasil.
Bem na entrada, algumas publicações acerca de importância do assunto para o estudioso do tema. Aliás, o assunto deveria ser de interesse nacional sempre, jamais esquecido, sempre mencionado, discutido e contestado. Um material muito bem elaborado e ricamente ilustrado intitulado "A Ditadura no Brasil - 1964-1985 - Direito à memória e à verdade!", incontestavelmente uma obra de alto gabarito, com precisão histórica, elaborada com o intuito de provocar uma pesquisa ainda mais abrangente e, além disso, provocar a forte indignação que a negação do ser em benefício do estado forte impõe. Não se pode esquecer daqueles fatos e tragédias, do sangue que tingiu almas e deixou famílias sem norte e, muitas vezes, sem sonho.
Confesso que entrar no Memorial da Resistência representa uma possibilidade ímpar de se revisitar o passado com os olhos no presente. Mas uma visita não com o olhar de um cientista, historiador ou pensador, mas com um olhar essencialmente humano, acreditando que devemos agradecer sincera e honestamente a todos aqueles que lutaram pela construção de uma democracia que, mesmo frágil, repleta de problemas, defeitos e senões, é um ensaio de participação popular, de construção de um tempo que pode ser mais digno e fértil no campo das possibilidades de viver.


domingo, 1 de julho de 2012

São Paulo a cidade grafite...



Se São Paulo se destaca no circuito internacional como polo das economias criativas no Brasil, grande parte dessa visibilidade se deve ao grafite, gênero das artes visuais que combina perfeitamente com a urbanidade paulistana. Boa parte das quase 100 mil ruas e avenidas da cidade foi transformada pelos grafiteiros em verdadeiras galerias de arte a céu aberto, que merecem compor um roteiro turístico para o segmento.
Dezenas de outros grafiteiros contribuem para projetar São Paulo nesse circuito num movimento que deve se fortalecer cada vez mais, já que a capital oferece cursos profissionalizantes em grafite e intervenções urbanas. Vale a pena percorrer a cidade e conhecer os artistas pelos diferentes estilos de traços e desenhos que colorem o dia a dia da metrópole.