Sarau Poesia na Brasa
Sarau poesia na brasa, criado em 05/07/2008, é um movimento cultural de periferia para a periferia. Tem o objetivo de produzir e divulgar a arte dentro da periferia e demais espaços onde se encontram os nossos irmãos e irmãs. Espaço de expressão dos periféricos. Discussão e reflexão sobre a periferia, porém é aberto a todos que queiram comungar da palavra. Desde de julho 2008 fazemos saraus regulares dentro de um bar (Bar do Cardoso e depois Bar do Carlita), também fazemos saraus dentro de escolas, UBSs, Unidades da Fundação Casa, Centros Culturais e em todos os espaços onde podemos trocar ideias e comungar da palavra. Ao longo dos nossos dois anos de existência lançamos 6 livros com autores (as), das periferias de São Paulo, principalmente da Vila Brasilândia, com exceção do livro histórico “Tambores da Noite” do grande poeta negro, Carlos de Assumpção. Nos nossos encontros quinzenais, os tambores e a oralidade são carros chefes na nossa comunhão, regatando assim, tradições milenares de nossos ancestrais. O Sarau Poesia na Brasa é parte integrante de um movimento de “Literatura Periférica” que acontece, principalmente, na periferias de São Paulo, nascemos seguindo o exemplo de outros saraus que acontecem pelas periferias paulistanas, como a Cooperifa, Sarau do Binho, Elo da Corrente, sem com tudo deixar de expressar nossa originalidade e independência no tocar dos nossos trabalhos assim como é em outros saraus. No Sarau Poesia na Brasa, todos e todas são bem vindos é só saber chegar, “...chega no miudinho, chega devagar...”. Axé para todos nós.
Nosso Manifesto: A Elite TREME
A
elite encontra-se nos grandes centros comerciais, rodeada pelas periferias que
ela própria inventou.
A
periferia se arma e apavora a elite central.
Nas
guerras das armas, os ricos reprimem os favelados com a força do Estado através
da polícia.
Mas
agora é diferente, a periferia se arma de outra forma. Agora o armamento é o
conhecimento, a munição é o livro e os disparos vem das letras.
Então
a gente quebra as muralhas do acesso, e parte para o ataque.
Invadimos
as bibliotecas, as universidades, todos os espaços que conseguimos, arrumar
munição (informação).
Os
irmãos que foram se armar, já estão de volta preparando a transformação.
Mas
não queremos falar para os acadêmicos, mas sim para a dona Maria e o seu José,
pois eles querem se informar.
E
a periferia dispara.
Um,
dois, três, quatro livros publicados. A elite treme. Agora favelado escreve
livro, conta a história e a realidade da favela que a elite nunca soube, ou
nunca quis contar direito.
Os
exércitos de sedentos por conhecimento estão espalhados dentro dos centros
culturais e bibliotecas da periferia.
A
elite treme.
Agora
não vai mais poder falar o que quiser no jornal ou na novela, porque os
periféricos vão questionar.
O
conhecimento trouxe a reflexão e a reflexão trouxe a ação, e agora a revolta
esta preparada, e a elite treme.
Não
queremos mais seu tênis, seus celulares. Não queremos mais ser mão de obra
barata, e nem consumidores que não questionam a propaganda.
Queremos
conhecimento e transformações nas relações sociais.
A
elite treme.
Agora
não mais enquadramos madames no farol, e sim queremos ter os mesmos direitos
das madames.
E
é por isso que a elite TEME.
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